O Ministério do Interior da Itália afirmou nesta sexta-feira (13) que ainda não sabe onde está a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP). A informação foi dada em documento oficial encaminhado ao deputado italiano Angelo Bonelli, conforme divulgado pela CNN Brasil. De acordo com o comunicado, “as investigações policiais realizadas até o momento e ainda em andamento não permitiram, no momento, identificar a localização da Sra. Zambelli”.
O governo italiano acrescentou que “as atividades destinadas a localizá-la continuam, também por meio da cooperação policial internacional com as autoridades brasileiras”.
O caso veio à tona após questionamentos feitos por Bonelli ao governo sobre a presença da deputada no país e o motivo pelo qual ela ainda não foi detida. Em resposta, o Ministério do Interior explicou que houve um “lapso de tempo” entre a chegada de Zambelli à Itália e a emissão do alerta vermelho da Interpol, o que impediu a detenção da parlamentar nas fronteiras.
“O lapso de tempo entre a chegada da Sra. Zambelli e a divulgação da notificação da Interpol não permitiu que as autoridades policiais de fronteira italianas prosseguissem com a prisão, visto que, no momento da verificação, ela não possuía nenhum registro policial em território nacional e nenhuma prova desfavorável encontrada nos documentos”, afirma o ofício.
Segundo as autoridades italianas, Carla Zambelli chegou a Roma em 5 de junho, às 11h40, em um voo vindo de Miami, utilizando um passaporte válido emitido pelo consulado italiano em São Paulo. A análise prévia da lista de passageiros não indicou nenhuma restrição contra seu nome nos bancos de dados policiais nacionais ou internacionais.
Ainda de acordo com o Ministério do Interior, o alerta vermelho da Interpol só foi publicado às 16h24 do mesmo dia, sendo transmitido aos escritórios centrais da organização às 16h46 — cinco horas após a chegada da deputada à capital italiana.
Outro ponto abordado por Bonelli foi a possível cidadania italiana do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus filhos. O governo respondeu que Bolsonaro nunca solicitou o reconhecimento da cidadania italiana. Já seus filhos, Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro, iniciaram o processo junto à Embaixada da Itália no Brasil e foram reconhecidos oficialmente como cidadãos italianos — Flávio e Eduardo em 2023, e Carlos em 2024.
