O governo de Donald Trump voltou a subir o tom contra o Supremo Tribunal Federal (STF), com foco especial no ministro Alexandre de Moraes. Em uma publicação feita na noite de quarta-feira (6), o subsecretário de Diplomacia Pública dos EUA, Darren Beattie, ameaçou aplicar sanções previstas na Lei Global Magnitsky a autoridades brasileiras que apoiem decisões judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A mensagem, divulgada na plataforma X (antigo Twitter), afirma que qualquer pessoa que “ajude ou incentive condutas sancionadas” poderá ser responsabilizada pelo governo norte-americano. A escalada ocorre após a ordem de prisão domiciliar de Bolsonaro, determinada por Moraes.
Em comunicado oficial, o Departamento do Hemisfério Ocidental declarou:
“O ministro Moraes, agora um violador de direitos humanos sancionado pelos EUA, continua a usar instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender publicamente não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!”
Darren Beattie reforçou o alerta, afirmando que ministros e autoridades que colaborarem com o que classificou como “conduta sancionada” poderão enfrentar as mesmas consequências.
“O ministro Moraes é o principal arquiteto do complexo de censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores. Seus flagrantes abusos de direitos humanos lhe renderam uma sanção da Lei Global Magnitsky, aplicada pelo presidente Trump. Os aliados de Moraes, na Corte e em outras esferas, estão fortemente advertidos a não colaborar com comportamentos sancionados. Estamos monitorando a situação de perto”, escreveu Beattie.