O governo Trump está revogando a designação de terrorismo de um grupo liderado pelo novo presidente da Síria como parte de um envolvimento mais amplo dos EUA com o governo de transição desde a deposição do ex-líder Bashar Assad no final do ano passado.
Em um comunicado divulgado na segunda-feira, o Secretário de Estado Marco Rubio disse que a medida, que entrará em vigor na terça-feira, “reconhece as ações positivas tomadas pelo novo governo sírio” sob o comando do presidente Ahmad al-Sharaa.
Mais cedo na segunda-feira, o Federal Register publicou um aviso prévio, dizendo que Rubio tomou a decisão em 23 de junho, em consulta com o procurador-geral e o secretário do Tesouro.
A decisão não havia sido anunciada anteriormente, embora tenha sido tomada enquanto o governo Trump tentava aliviar ou acabar com muitas sanções dos EUA que foram impostas durante o governo de Assad.
A medida visa acabar ainda mais com o isolamento da Síria desde que uma ofensiva rebelde relâmpago expulsou a família Assad de décadas de governo e dá um impulso ao novo governo enquanto ele tenta reconstruir um país destruído por 13 anos de guerra civil .
O breve aviso não ofereceu detalhes sobre a revogação da designação de organização terrorista estrangeira para a Frente al-Nusrah, também conhecida como Hayat Tahrir al-Sham.
A Al-Nusrah foi originalmente designada como organização terrorista estrangeira devido à sua afiliação anterior com a Al-Qaeda. Em 2017, ela se separou e mudou seu nome para Hayat Tahrir al-Sham, nome que o primeiro governo Trump adicionou à designação inicial.
Em 30 de junho, sete dias após Rubio assinar a revogação, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva encerrando muitas sanções econômicas dos EUA à Síria , cumprindo uma promessa que fez a al-Sharaa quando os dois se encontraram na Arábia Saudita em maio.
“Esta revogação do FTO é um passo importante para concretizar a visão do presidente Trump de uma Síria estável, unificada e pacífica”, disse Rubio em sua declaração.
A ordem executiva de Trump não revogou as sanções impostas a Assad, seus principais assessores, familiares e autoridades que foram considerados culpados de violações de direitos humanos ou envolvidos no tráfico de drogas ou no programa de armas químicas da Síria.
Ela também deixa intacto um importante conjunto de sanções aprovadas pelo Congresso contra qualquer um que faça negócios ou ofereça apoio às instituições militares, de inteligência ou outras instituições suspeitas da Síria.
Embora o governo Trump tenha aprovado isenções temporárias a essas sanções, conhecidas como Lei César, elas só podem ser revogadas permanentemente por lei.
