A ativista sueca Greta Thunberg afirmou nesta terça-feira (10 de junho) que foi sequestrada por Israel após tentar chegar à Faixa de Gaza em uma embarcação humanitária. Greta foi deportada para a Suécia, seu país de origem, após ser interceptada por forças israelenses no último domingo (8 de junho).
Greta estava a bordo do barco Madleen, que levava ajuda humanitária para Gaza. No entanto, a embarcação foi cercada por drones e militares israelenses, que subiram a bordo e a escoltaram até o porto de Ashdod, em Israel.
Segundo a ativista, os voluntários foram levados contra a própria vontade para Israel e mantidos em locais separados. Ela também afirmou que alguns dos ativistas tiveram dificuldades para entrar em contato com seus advogados.
Ao desembarcar no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, Greta declarou que as autoridades israelenses pediram que ela assinasse um documento reconhecendo que entrou ilegalmente em águas israelenses, mas ela se recusou.
“Nós fomos sequestrados em águas internacionais e levados contra nossa própria vontade para Israel”, afirmou.
Ela também pediu a libertação dos outros ativistas, já que, segundo a Coalizão da Flotilha pela Liberdade, oito dos 12 voluntários que estavam no barco ainda permanecem detidos em Israel.
Até o momento, o governo de Israel não se pronunciou sobre as acusações de Greta.
Questionada sobre as críticas do presidente dos EUA, Donald Trump, que a chamou de “uma jovem muito raivosa” que precisa de “controle de raiva”, Greta respondeu com ironia:
“Eu acho que o mundo precisa de muitas mais jovens raivosas, com tudo o que está acontecendo.”
Greta afirmou que o grupo seguirá tentando levar ajuda humanitária para Gaza e que não desistirá da causa.
O governo israelense declarou que todos os ativistas serão deportados para seus países de origem, mas ameaçou levar à Justiça aqueles que se recusarem a assinar os documentos de deportação.