Hepatite A cresce 54% no Brasil e atinge mais adultos em áreas urbanas

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Brasil registra alta nos casos de hepatite A - Foto: Freepik

O Brasil registrou um aumento de 54,5% nos casos de hepatite A entre 2023 e 2024, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). A taxa nacional passou de 1,1 para 1,7 caso por 100 mil habitantes, revertendo uma tendência de queda que durava uma década.

Historicamente concentrada nas regiões Norte e Nordeste, a doença agora se espalha por grandes cidades do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Curitiba lidera em incidência, com 31,3 casos por 100 mil habitantes — quase 20 vezes acima da média nacional. A maior variação proporcional foi registrada no Centro-Oeste, com crescimento de 350% em um ano.

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A hepatite A é causada por vírus transmitido principalmente por via fecal-oral, por meio de água ou alimentos contaminados. Também pode ocorrer por contato sexual, especialmente entre homens cisgênero homoafetivos, público-alvo de campanhas recentes do SUS em São Paulo e no Distrito Federal.

Os sintomas incluem febre, fadiga, enjoo, dor abdominal e icterícia. Em adultos, a doença tende a se manifestar de forma mais grave, podendo evoluir para insuficiência hepática aguda. A faixa etária mais afetada atualmente é de 20 a 39 anos, enquanto os casos entre crianças caíram 99,9% desde 2014, ano em que a vacina passou a ser oferecida pelo SUS.

Não há antiviral específico para o tratamento. A abordagem é sintomática, com repouso, dieta leve e isolamento de contato. A vacina contra hepatite A, feita com vírus inativado, é altamente eficaz e não requer reforço ao longo da vida.

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