Na madrugada desta quarta-feira (10), um homem de 54 anos foi detido após tentar invadir o Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo federal, localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Identificado como Leonildo dos Santos Fulgieri, ele foi atingido por dois disparos de balas de borracha — um no quadril e outro na perna — após ignorar ordens de recuo dadas por militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
O episódio ocorreu por volta das 3h30, quando o homem ultrapassou as grades de proteção externas e tentou acessar a rampa que leva ao segundo andar do edifício. A segurança presidencial interveio com munição não letal para impedir o avanço. Após ser contido, Fulgieri foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal para registro da ocorrência. A motivação por trás da tentativa de invasão não havia sido divulgada até o momento.
Segundo informações apuradas, o mesmo indivíduo já havia tentado entrar em outros prédios públicos na região. Dois dias antes, ele tentou acessar o edifício-sede do Senado Federal, alegando que queria “sentar no trono”, em referência à cadeira da presidência da Casa. Na ocasião, foi impedido pelos vigilantes e deixou o local sem maiores incidentes.
Atualmente, o Palácio do Planalto está cercado por duas fileiras de grades. Em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia ordenado a retirada das barreiras instaladas durante o governo Dilma Rousseff, mas a medida foi revertida diante de preocupações com segurança institucional.
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência divulgou nota oficial confirmando o uso de munição não letal e informando que o invasor não sofreu ferimentos graves. O caso reacende o debate sobre a proteção dos prédios públicos na capital federal e a atuação das forças de segurança diante de tentativas de violação de áreas restritas.