A realização da COP30 em Belém, marcada para novembro, enfrenta críticas devido ao alto custo de hospedagem na cidade. Delegações de países em desenvolvimento, com orçamento diário limitado a US$ 143, afirmam que os preços das acomodações — que chegam a até US$ 700 por noite — podem inviabilizar sua presença no evento.
O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, alertou que a ausência desses países pode comprometer a legitimidade das decisões tomadas na conferência. A preocupação foi formalizada em uma carta assinada por 25 nações, incluindo o bloco dos Países Menos Desenvolvidos (LDC), que reúne 44 países vulneráveis às mudanças climáticas.
O governo do Pará afirma estar adotando medidas para ampliar a oferta de hospedagem, como construção de novos hotéis, adaptação de escolas e contratação de navios. No entanto, plataformas oficiais ainda apresentam preços acima do limite estipulado pelas delegações.
Organizações da sociedade civil também relatam dificuldades para garantir presença no evento. Consultoras e representantes de ONGs apontam que os valores praticados são superiores aos pagos em edições anteriores da COP realizadas no exterior.
A situação levou a ONU a convocar uma reunião de emergência para discutir alternativas. Entre as propostas está a oferta de quartos a preços reduzidos, embora ainda acima do orçamento das delegações. A organização do evento segue em diálogo com autoridades e proprietários locais para tentar viabilizar a participação dos países mais afetados pela crise climática