Hugo Motta reage a ameaças de Eduardo Bolsonaro

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Presidente da Câmara Hugo Motta - Foto: WILTON JUNIOR Wilton/ESTADÃO

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que não se deixa influenciar por ameaças feitas pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A declaração foi dada após o parlamentar, que está nos Estados Unidos desde fevereiro, sugerir que Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), poderiam ser alvo de sanções internacionais caso não pautassem projetos de anistia e pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Motta declarou que atua com imparcialidade e que Eduardo será tratado como qualquer outro deputado, seguindo o regimento interno da Casa. Segundo ele, não haverá privilégios nem perseguições, e o foco da Câmara deve permanecer nos problemas reais do país.

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Na semana anterior, Hugo Motta encaminhou ao Conselho de Ética quatro pedidos de cassação contra Eduardo Bolsonaro. As denúncias, apresentadas por parlamentares do PT e do PSOL, alegam quebra de decoro por suposta atuação contra os interesses nacionais e apoio a medidas punitivas do governo de Donald Trump contra o Brasil.

No mesmo período, a Polícia Federal indiciou Eduardo Bolsonaro e o ex-presidente Jair Bolsonaro por coação de autoridades envolvidas na ação penal sobre tentativa de golpe de Estado. Em publicação nas redes sociais, Eduardo classificou como “lamentável e vergonhoso” o tratamento dado pela PF às conversas privadas entre ele, o pai e aliados. Ele negou qualquer intenção de interferir em processos judiciais e afirmou que sua atuação nos Estados Unidos tem como objetivo promover o restabelecimento das liberdades individuais por meio de propostas legislativas.

Interlocutores de Hugo Motta indicam que as ameaças feitas por Eduardo estão desconectadas do atual cenário político. Segundo essas fontes, o apoio à anistia perdeu força após o aumento de tarifas comerciais imposto pelos Estados Unidos, articulado por aliados da família Bolsonaro.

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