Ibovespa tem leve alta, com Petrobras e bancos; governo sinaliza novas ações fiscais

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Oscilação na moeda marcou o primeiro dia de Gabriel Galípolo à frente do Banco Central - (crédito: Vanderlei Almeida/AFP)

O Ibovespa terminou com alta de 0,13%, aos 119.006,93 pontos, um avanço de 151,5 pontos. O dólar terminou o dia com uma baixa de 0,07%, a R$ 6,09, após subir no início da sessão. E os DIs (juros futuros) terminaram mistos a segunda-feira.

O movimento foi quase estável, demonstrando certa desconfiança dos investidores com o governo federal. Isso porque o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, sinalizou em entrevista ao jornal O Globo que o governo deve adotar novas medidas fiscais neste ano. Lá em novembro, essa informação empolgaria mais. Agora, parece que nem tanto, não fez barulho algum.

Do outro lado, a meta de resultado primário do governo federal de 2024 tende a ser cumprida, considerando o limite inferior estabelecido, mas o quadro fiscal ainda demanda atenção, disse diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen. De toda forma, o presidente Lula segue verbalizando otimismo.

Bolsas globais

Enquanto os investidores esperam para ver o que o governo vai fazer para tentar colocar a trajetória da dívida nos trilhos, há a pressão externa.

Na Europa, as Bolsas caíram. Nos EUA, terminaram mistas, com as chances do Federal Reserve interromper o ciclo de alta crescendo. Investidores vêm se posicionando para uma postura cada vez mais conservadora do Fed, em meio a indicadores resilientes do mercado de trabalho e preços.

E ainda tem uma tensão bélica cada vez mais forte no ar.

Vale estável, Petrobras em alta

Esse começo desconfiado dos mercados globais tem feito o Ibovespa ser mais cauteloso nas compras, enquanto nas vendas está mais solto, como se viu sexta-feira, com queda de 0,77%. A alta de hoje, porém, veio com a baixa de 0,02% de Vale (VALE3), que deu de ombros para a alta do minério de ferro na China, embora tenha oscilado com frequência nesta sessão.

A Petrobras (PETR4) terminou com alta de 0,35%, em mais um dia de alta do petróleo internacional, e de confirmação de que a companhia não vai repassar para os preços internos a valorização da commodity.

Pode-se dizer que os bancos garantiram a tímida alta do IBOV hoje. Itaú Unibanco (ITUB4) avançou 0,72% e Bradesco (BBDC4) ganhou 0,36%, mesmo com analistas rebaixando a ação. O BB (BBAS3) ficou no zero, e B3 (B3SA3), que trocou de sinal constantemente e terminou com menos 0,10%.

No varejo, queda. Os supermercadistas e atacarejos caíram com consistência, destacando Carrefour (CRFB3) com 4,37% e GPA (PCAR3), com 4,71%. Não foi um dia bom, exceto para Petz (PETZ3), que subiu 0,99%, com notícias sobre aprovação da fusão com a Cobasi.

A Copasa (CSMG3) subiu 1,12%, com bancos tendo visões distintas para a ação.

Este aparente marasmo pode se esvair nesta terça-feira, com o PPI (inflação ao produtor nos EUA) aparecendo para agitar um pouco a balança. Ou na quarta-feira com a inflação ao consumidor (CPI) de dezembro. O desconfiômetro anda alto. A questão é quando baixará. (Fernando Augusto Lopes).

 

Fonte: InfoMoney

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