As Forças Armadas do Iêmen realizaram novos ataques com drones contra alvos estratégicos em territórios ocupados por Israel, segundo informações divulgadas pelo canal HispanTV. A ofensiva atingiu o Aeroporto Ben Gurion, o Aeroporto Ramon, em Eilat, e um ponto sensível na usina nuclear de Dimona.
De acordo com o porta-voz militar iemenita, tenente-general Yahya Sari, três drones foram utilizados na operação. “Nossas forças atacaram com sucesso o Aeroporto Ben Gurion, o Aeroporto Ramon e um alvo sensível na usina nuclear de Dimona”, declarou o oficial.
Alvos estratégicos e mensagem política
O ataque ao Aeroporto Ramon gerou preocupação entre autoridades israelenses, ao expor vulnerabilidades nos sistemas de defesa aérea. Analistas interpretam a ação como uma demonstração da capacidade ofensiva do Iêmen e um recado político claro: o país mantém alcance sobre pontos de alto valor estratégico.
No dia anterior, a Força Aérea iemenita já havia realizado uma operação coordenada com drones contra cidades como Negev, Ashkelon, Ashdod, Eilat e Yafa (Tel Aviv), ampliando a pressão militar sobre Israel.
Escalada após assassinato de líderes iemenitas
As ofensivas se intensificaram após o assassinato do primeiro-ministro iemenita Ahmed Ghaleb al-Rahwi e de membros de seu gabinete, em 28 de agosto, durante bombardeios israelenses em Sanaa. Em resposta, o governo do Iêmen prometeu retaliação imediata: “Os agressores pagarão um preço alto”, afirmou em comunicado oficial.
Desde novembro de 2023, o Iêmen tem realizado ataques sistemáticos contra alvos israelenses em territórios palestinos ocupados e embarcações ligadas a Israel na região da Península Arábica. As ações são justificadas como resposta à ofensiva militar israelense em Gaza, que já deixou mais de 64 mil mortos palestinos, segundo dados citados pela HispanTV.
Papel regional e apoio à Palestina
Líderes iemenitas reforçam que o país continuará atuando em apoio à resistência palestina. “O Iêmen desempenha um papel fundamental na defesa da Palestina”, afirma a declaração oficial. Os ataques com drones não apenas mantêm a pressão sobre Israel, mas também sinalizam uma escalada regional com potenciais repercussões no equilíbrio militar do Oriente Médio.