A pugilista argelina Imane Khelif não participará do Campeonato Mundial de Boxe, que começa nesta quinta-feira (4) em Liverpool, após a World Boxing exigir testes genéticos obrigatórios para todos os atletas. A entidade, responsável pelo boxe olímpico a partir de 2028, introduziu em maio a obrigatoriedade de exames de sexo para garantir “competições seguras e justas”.
Khelif recorreu ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) contra a decisão, alegando violação de direitos individuais. O teste exigido é o PCR genético, que identifica o sexo cromossômico do atleta. Apesar do recurso, a boxeadora não se inscreveu oficialmente no torneio por meio da Federação Argelina de Boxe.
A medida da World Boxing foi anunciada menos de um ano após Khelif e a taiwanesa Lin Yu-ting conquistarem medalhas de ouro em Paris, em meio a questionamentos sobre elegibilidade de gênero. Lin também está fora da competição, segundo confirmação da entidade.
O presidente da World Boxing, Boris van der Vorst, afirmou que todos os atletas femininos devem apresentar documentação completa, incluindo o teste genético, como parte do processo de inscrição. Ele defendeu a política como essencial para preservar a integridade do boxe feminino em nível olímpico.
A Federação Argelina não se pronunciou sobre o caso.