Impasse político trava negociações comerciais entre Brasil e EUA

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Foto: REUTERS/Adriano Machado
Foto: REUTERS/Adriano Machado

As negociações entre Brasil e Estados Unidos sobre tarifas de importação enfrentam obstáculos políticos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo revelou o jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a posição norte-americana foi informada por um interlocutor direto do vice-presidente Geraldo Alckmin, que participou de duas reuniões recentes com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick.

Apesar dos esforços diplomáticos, não houve avanço nas tratativas. Lutnick tem insistido em abordar questões políticas levantadas pelo presidente Donald Trump, especialmente críticas à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) no caso envolvendo Bolsonaro.

Tarifa está mantida

Em declaração recente, Lutnick confirmou que não haverá adiamentos:

“Com certeza não haverá mais prorrogações, não haverá mais [período de] carência. As tarifas estão programadas para o dia 1º de agosto. Colocaremos a Alfândega para começar a coletar o dinheiro.”

Mesmo sinalizando disposição para dialogar com “grandes economias”, o secretário reconheceu que o contexto político atual dificulta avanços concretos.

Tentativa de novos diálogos

Na busca por alternativas, Alckmin participou nesta terça-feira (29) de um encontro com empresas de tecnologia, que contou com a presença remota de um representante do Departamento de Comércio dos EUA.

“Foi uma reunião bastante proveitosa. Tiramos até uma mesa de trabalho para discutir, em seguida, uma série de questões voltadas à questão das ‘big techs’”, afirmou o vice-presidente.

Apesar disso, Alckmin alertou que a regulação das gigantes da tecnologia deve ocorrer com cautela. O presidente Lula tem reforçado a defesa da soberania brasileira, criticando pressões políticas travestidas de disputas comerciais, sobretudo no setor digital.

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