O futebol brasileiro encontrou no novo formato do Mundial de Clubes uma vitrine para reescrever sua narrativa internacional — e tem feito isso com autoridade. Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo não apenas seguem invictos na competição: eles vencem com protagonismo, estilo ofensivo e resultados históricos contra gigantes da Europa.
O que era visto por muitos como um torneio protocolar e dominado pelo Velho Continente virou palco de afirmação para os clubes sul-americanos. A vitória do Flamengo sobre o Chelsea por 3 a 1 e o triunfo do Botafogo sobre o Paris Saint-Germain por 1 a 0 selaram uma rodada simbólica, apontando não só para a força técnica desses elencos, mas também para a capacidade tática e emocional dos times brasileiros em confrontos de elite.
Enquanto isso, Fluminense e Palmeiras seguraram empates valiosos contra Borussia Dortmund e Porto, respectivamente — consolidando a imagem de que os representantes nacionais, apesar de virem de contextos financeiros mais modestos, entram em campo com maturidade e competitividade à altura
A resposta internacional foi imediata. O diário espanhol Sport cravou: “Brasil lidera rebelião contra a Europa e dá novo sentido ao Mundial de Clubes”. Já o El País destacou que os feitos dos clubes “fazem o povo esquecer da crise da seleção”. O tom comum entre as análises estrangeiras é o da surpresa — mas também de admiração — por um futebol que parecia subjugado no plano global, mas agora se impõe pela bola.
Para o jornalista Gustavo Zabala, do Los Angeles Times, a vitória do Flamengo foi “mais um golpe contra o eurocentrismo no futebol de clubes”.