Depois de uma semana de intensos confrontos na Caxemira, Índia e Paquistão chegaram a um acordo de cessar-fogo completo e imediato, segundo anúncio feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, neste sábado (10 de maio).
Crescente tensão na região
O conflito se intensificou após um atentado em Pahalgam, na Caxemira controlada pela Índia, que deixou 26 mortos no dia 22 de abril. Desde então, houve trocas de ataques com bombas e drones entre os dois países. A mais recente ofensiva da Índia, na sexta-feira (9 de maio), matou cinco civis paquistaneses e deixou 29 feridos.
Os dados mais recentes indicam ao menos 49 mortes de civis, sendo 36 no Paquistão e 13 na Índia. O Paquistão retaliou os ataques indianos ao longo da fronteira da Caxemira, atingindo posições militares e uma mesquita em Muridke.
Histórico de conflitos
A disputa pela Caxemira remonta à independência do Reino Unido em 1947, quando a região foi dividida entre Índia e Paquistão. O território de maioria muçulmana abriga um movimento insurgente que pede sua independência ou anexação ao Paquistão. A Índia acusa o Paquistão de apoiar grupos jihadistas como o Lashkar-e-Taiba (LeT), considerado terrorista pela ONU.
Apelos internacionais e mediação dos EUA
A escalada do conflito motivou pedidos de moderação por parte de potências como Estados Unidos, União Europeia, Rússia, Reino Unido e França. O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que uma guerra entre Índia e Paquistão traria graves consequências para a estabilidade global.
Trump comemorou o avanço das negociações e afirmou que os dois países decidiram pelo cessar-fogo depois de uma longa noite de conversas mediadas pelos EUA.
Fonte: Redação