Inflação argentina desacelera para 1,5% em maio, menor taxa do governo Milei

2 Min de leitura
Reprodução/Instagram: @javiermilei

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Argentina registrou uma inflação de 1,5% em maio, conforme divulgado pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) nesta quinta-feira (12 de junho). Esta é a primeira vez que a taxa fica abaixo de 2% desde o início do governo do presidente Javier Milei, em dezembro de 2023.

A inflação acumulada em 12 meses caiu para 43,5%, uma redução significativa em comparação aos 47,3% registrados no mês anterior. Apesar do progresso, a economia argentina ainda enfrenta desafios, como a recessão e os efeitos do ajuste econômico implementado por Milei.

Medidas adotadas pelo governo Milei

Desde que assumiu o cargo, Milei adotou uma série de medidas para equilibrar a economia, incluindo:

  • Paralisação de obras federais e corte de repasses financeiros aos estados.
  • Redução de subsídios em setores essenciais, como água, gás, energia e transporte público.
  • Flexibilização de controles cambiais, permitindo maior circulação de dólares na economia.
  • Superávits fiscais consecutivos, fortalecendo a confiança dos investidores.

O presidente também conseguiu um acordo de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em abril, garantindo um repasse inicial de US$ 12 bilhões. O objetivo do governo é manter a inflação abaixo de 2% ao mês, estabilizar o câmbio e atrair investimentos externos.

A retirada de subsídios resultou em aumento nos preços ao consumidor, agravando a pobreza. No primeiro semestre de 2024, 52,9% da população estava em situação de vulnerabilidade. No segundo semestre, o índice caiu para 38,1%, equivalente a 11,3 milhões de pessoas.

Protestos contra as políticas de Milei continuam acontecendo em diversas regiões do país, enquanto o governo insiste na necessidade do ajuste fiscal para garantir um crescimento sustentável.

Fonte: Redação
Compartilhar