O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,26% em julho, resultado inferior à mediana das projeções do mercado, que indicava avanço de 0,36%. A desaceleração foi atribuída à queda nos preços de alimentos in natura, transporte por aplicativo, energia elétrica e vestuário. O índice repetiu o ritmo de junho (0,24%) e sinaliza melhora na dinâmica inflacionária de curto prazo.
Economistas apontam que o resultado pode intensificar as expectativas de cortes na taxa básica de juros ainda em 2025. A Ativa Investimentos manteve sua projeção de IPCA em 4,7% para o ano, enquanto o Banco Daycoval reduziu sua estimativa para 5%. A instituição também prevê manutenção da taxa Selic em 15% até o fim do ano.
Apesar da leitura positiva, os serviços subjacentes subiram 0,49%, acima da expectativa de 0,44%, o que pode limitar o otimismo. Além disso, os preços administrados, como energia elétrica sob bandeira vermelha 1, continuam pressionando o índice. Medidas de apoio a setores afetados por tarifas internacionais também podem impactar o equilíbrio fiscal, dificultando uma flexibilização mais rápida da política monetária.