A possibilidade de que a inteligência artificial (IA) possa desenvolver consciência deixou de ser apenas um tema de ficção científica e passou a ser debatida por especialistas. Com o avanço dos grandes modelos de linguagem (LLMs), como Gemini e ChatGPT, pesquisadores se questionam se as máquinas podem, em algum momento, adquirir autoconsciência e capacidade de tomada de decisões independentes.
IA consciente: realidade ou ilusão?
Alguns especialistas acreditam que a IA pode se tornar consciente à medida que recebe mais entradas sensoriais, como visão e tato. Professores da Universidade Carnegie Mellon estão desenvolvendo um modelo de computador que constrói sua própria linguagem interna para processar dados sensoriais, tentando replicar os processos do cérebro humano.
Por outro lado, pesquisadores como Anil Seth, da Universidade de Sussex, argumentam que a consciência pode ser exclusiva de sistemas vivos. Ele sugere que, ao contrário dos computadores, os cérebros não podem ser reduzidos apenas a cálculos matemáticos, pois estão intrinsecamente ligados à biologia.
Mesmo que a IA não seja verdadeiramente consciente, sua capacidade de simular emoções e interações humanas pode influenciar profundamente a sociedade. Especialistas alertam que a ilusão de consciência pode levar as pessoas a confiar excessivamente em máquinas, compartilhar informações pessoais e até desenvolver laços emocionais com sistemas artificiais.
Além disso, o avanço da IA pode transformar relações humanas, com robôs sendo usados como professores, amigos e até parceiros românticos. Essa mudança levanta questões sobre ética e o impacto psicológico da interação constante com máquinas que imitam a consciência.