O porta-voz do Judiciário iraniano, Asghar Jahangir, confirmou nesta segunda-feira (30) que 935 pessoas foram identificadas como mortas durante os 12 dias de conflito entre Irã e Israel, iniciado em 13 de junho. A informação foi divulgada com base em dados da Organização de Medicina Legal do Irã.
Entre as vítimas estão 38 crianças e 132 mulheres, algumas delas grávidas. O número representa um aumento significativo em relação ao balanço anterior, que apontava 610 mortos.
Ataque à prisão de Evin
Um dos episódios mais letais do conflito foi o bombardeio à prisão de Evin, em Teerã, que resultou na morte de 79 pessoas, segundo autoridades iranianas. As vítimas incluem familiares de detentos, trabalhadores humanitários e funcionários da penitenciária.
Declaração oficial
Durante coletiva de imprensa em Teerã, Jahangir afirmou que o Irã foi alvo de uma agressão injustificada: “O mundo inteiro testemunhou essa guerra imposta e viu que o iniciador da agressão foi o regime sionista ilegítimo. Todos viram que o Irã foi atacado em meio a negociações e que o país se defendeu legitimamente”.
Contexto do conflito
A guerra, que durou 12 dias, terminou com um cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos em 24 de junho. Do lado israelense, 28 pessoas morreram e mais de 3 mil ficaram feridas. O Irã acusa Israel e os EUA de conduzirem ataques indiscriminados contra alvos civis, incluindo escolas, hospitais e instalações científicas