A repercussão da morte de Juliana Marins, brasileira de 24 anos que sofreu uma queda fatal no Monte Rinjani, na Indonésia, ganhou novos contornos após a divulgação pública da autópsia antes da entrega do laudo à família. A irmã da vítima, Mariana Marins, classificou o episódio como desrespeitoso e lamentou a conduta das autoridades locais, que realizaram uma coletiva de imprensa sem que os parentes tivessem acesso prévio às informações.
Juliana estava em uma trilha quando escorregou e caiu de um desnível de cerca de 300 metros. Testemunhas relataram que ela permaneceu consciente por horas, movimentando os braços enquanto aguardava socorro. A operação de resgate, dificultada por neblina, terreno instável e falta de estrutura no parque natural, durou quatro dias. O corpo foi localizado por um grupo de turistas com auxílio de drones e coordenadas compartilhadas online.
O laudo preliminar apontou múltiplas fraturas internas e lesões no dorso e órgãos respiratórios como causa da morte. A possibilidade de hipotermia foi descartada. A divulgação precipitada dos exames gerou indignação entre familiares, que vinham cobrando maior rapidez e cuidado das autoridades locais desde o início das buscas.
A Prefeitura de Niterói, cidade natal de Juliana, assumiu os custos da repatriação do corpo e do sepultamento, previsto para ocorrer nos próximos dias.