Nesta quarta-feira (16), Israel lançou uma série de bombardeios aéreos contra Damasco, atingindo diretamente o quartel-general do Exército sírio e áreas próximas ao palácio presidencial, em resposta à escalada de violência contra a minoria drusa na cidade de Sweida, no sul da Síria.
Alvo militar e retaliação anunciada
- O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, havia prometido “golpes dolorosos” contra o regime sírio caso não houvesse retirada das tropas de Sweida
- Segundo o Exército israelense, os ataques visaram tanques, caminhonetes armadas e instalações militares que se dirigiam à região
- A ofensiva ocorre após denúncias de execuções sumárias, saques e abusos cometidos por forças sírias contra civis drusos
Cessar-fogo violado e cenário devastador
- Um cessar-fogo anunciado na terça-feira foi rapidamente rompido, com bombardeios intensos registrados desde o amanhecer de quarta-feira
- O portal local Sweida24 relatou ataques com artilharia pesada e morteiros em vilarejos próximos
- A ONU e a França pediram respeito à soberania síria e proteção aos civis
Mobilização drusa e crise humanitária
- Centenas de drusos israelenses cruzaram a fronteira para apoiar seus conterrâneos na Síria, apesar dos apelos do governo de Israel para que retornem
- O líder espiritual druso Sheikh Hikmat al-Hejri fez um apelo internacional:
Balanço de vítimas
- Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, mais de 300 pessoas morreram desde o início dos confrontos no domingo
- Incluindo 69 soldados drusos, 40 civis drusos (27 executados), 165 membros das forças governamentais e 18 combatentes beduínos
Desafios do governo interino
O presidente interino Ahmed al-Sharaa, que assumiu após a queda de Bashar al-Assad, enfrenta crescente rejeição interna. A brutalidade dos últimos dias mina sua legitimidade e expõe a fragilidade do novo governo diante das tensões sectárias.