Israel promete perseguir líderes do Hamas “em qualquer lugar do mundo” após ataque no Catar

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(Foto: Hispan TV)
(Foto: Hispan TV)

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou nesta quarta-feira (10) que o país continuará a perseguir líderes do Hamas onde quer que estejam, inclusive em territórios aliados como o Catar. A declaração veio após o ataque aéreo israelense contra membros da alta cúpula do grupo palestino em Doha, que gerou forte condenação internacional.

“A doutrina de segurança de Israel é clara — sua mão longa agirá contra seus inimigos em qualquer lugar”, declarou Katz, segundo o Times of Israel. O ministro não confirmou se os alvos da operação foram eliminados, mas garantiu que todos os líderes da resistência serão neutralizados.

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O ataque em Doha, que teria como alvo negociadores do Hamas, foi classificado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, como uma “violação flagrante da soberania e da integridade territorial do Catar”. O governo catariano também condenou a ação, prometendo abrir uma investigação sobre o bombardeio.

 Escalada militar e ameaças diplomáticas

Em entrevista à Fox News, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, reforçou a postura do governo de Tel Aviv. “Não haverá imunidade para terroristas — nem em Gaza, nem no Líbano, nem no Catar”, afirmou. Danon também minimizou as críticas internacionais, dizendo que Israel tomará decisões de segurança independentemente da aprovação de aliados.

A ofensiva israelense ocorre em meio a uma nova crise humanitária em Gaza. Estima-se que cerca de 150 mil palestinos tenham evacuado a Cidade de Gaza, segundo o exército israelense, que prepara uma nova operação terrestre. O número representa um aumento em relação aos 100 mil deslocados registrados no dia anterior.

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 Reação global e reunião na ONU

A escalada militar levou o Conselho de Segurança da ONU a convocar uma reunião de emergência para discutir a legitimidade da ação israelense em território catariano. O debate se concentra nos impactos sobre civis e nas implicações diplomáticas da ofensiva.

O ataque em Doha marca um ponto crítico nas relações internacionais, ampliando as tensões no Oriente Médio e dificultando os esforços por um cessar-fogo duradouro. A comunidade internacional segue em alerta diante da intensificação do conflito e das consequências para a estabilidade regional.

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