A Justiça dos Estados Unidos bloqueou a decisão do governo Donald Trump de proibir que a Universidade de Harvard receba estudantes estrangeiros. A medida, anunciada pelo Departamento de Segurança Interna (DHS), afetaria cerca de 6.800 alunos e gerou forte reação da instituição.
A proibição foi anunciada como retaliação aos recentes confrontos entre Harvard e o governo Trump. A universidade se recusou a seguir exigências de Washington, incluindo restrições a protestos pró-Palestina e mudanças em políticas de diversidade e inclusão.
O DHS alegou que Harvard não entregou documentos solicitados sobre seus alunos internacionais. Como consequência, determinou que os estrangeiros deveriam se transferir para outras instituições ou perderiam o direito de permanecer legalmente nos EUA.
A juíza Allison Burroughs, do Tribunal Federal de Boston, aceitou a queixa apresentada por Harvard e ordenou a suspensão da medida. A decisão impede que a proibição entre em vigor, a menos que o governo recorra.
Harvard argumentou que a ação do governo teria efeitos devastadores sobre seus alunos internacionais, que representam um quarto do corpo estudantil.
“Sem seus estudantes internacionais, Harvard não é Harvard.”
A universidade também classificou a proibição como uma violação da Primeira Emenda da Constituição dos EUA e de outras leis federais.
A Justiça agendou audiências para a próxima semana para definir os próximos passos do processo. Enquanto isso, os alunos estrangeiros seguem autorizados a permanecer na instituição.
O governo Trump ainda não informou se pretende recorrer da decisão. Caso Harvard não cumpra exigências do DHS em até 72 horas, pode perder definitivamente o direito de receber estudantes internacionais.
Fonte: Redação