A Justiça do Rio Grande do Norte negou o pedido da defesa de Igor Eduardo Pereira Cabral, ex-jogador de basquete, para que ele fosse transferido para uma cela isolada. O argumento apresentado pelos advogados foi a necessidade de preservar a integridade física do acusado, preso em flagrante no dia 26 de julho após agredir a namorada com mais de 60 socos dentro de um elevador em Natal.
Igor Cabral está detido na Central de Recebimento e Triagem (CRT) de Parnamirim, na Grande Natal, onde divide cela com outros seis presos. Segundo a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap), celas individuais são destinadas exclusivamente a sanções disciplinares aplicadas a internos que cometem infrações dentro do sistema prisional.
A vítima, Juliana Garcia, sofreu lesões graves no rosto e precisará passar por cirurgia de reconstrução óssea. Devido à gravidade dos ferimentos, ela prestou depoimento por escrito à Polícia Civil. A investigação aponta que Igor teria dito à vítima que iria matá-la durante o ataque.
Natural de Natal, Igor Cabral tem histórico de envolvimento em brigas e já foi citado em boletins de ocorrência por agressões anteriores. Em depoimento, ele alegou ter sofrido um “surto claustrofóbico” no momento da agressão. O ex-jogador também mencionou que tem um filho com autismo, o que pode ser considerado pela Justiça para eventual conversão da prisão preventiva em domiciliar.
Igor Cabral responderá por tentativa de feminicídio. Caso seja condenado, a pena pode variar entre 20 e 40 anos de prisão. A família da vítima e moradores da região se manifestaram contra o acusado, inclusive com pichações na casa de seus familiares.