Durante uma reunião em Pequim com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o líder norte-coreano Kim Jong-un declarou que a Coreia do Norte está pronta para apoiar a Rússia “sempre que necessário”. A afirmação, divulgada pela agência estatal Sputnik, reforça o alinhamento estratégico entre os dois países em meio ao prolongado conflito na Ucrânia.
“Se a Coreia do Norte puder ajudar a Rússia de qualquer forma, certamente o fará. É um dever fraternal”, afirmou Kim.
Putin, por sua vez, destacou que as relações bilaterais têm evoluído com confiança e cooperação, ganhando um “caráter aliado”. O encontro ocorreu durante o desfile militar promovido pelo presidente chinês Xi Jinping, em comemoração aos 80 anos da vitória chinesa na Segunda Guerra Mundial.
Alianças em foco no evento militar
O desfile reuniu líderes de 26 países, incluindo os presidentes da Rússia, Coreia do Norte, Belarus, Irã e Mianmar, além da presidente do Banco dos BRICS, Dilma Rousseff. Putin elogiou a organização do evento, classificando-o como “brilhante” e exaltando o papel dos soldados chineses na luta contra o fascismo.
O encontro entre Kim e Putin acontece em um momento delicado, com a guerra na Ucrânia ainda em curso e tentativas de mediação lideradas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Cooperação militar e críticas ocidentais
A aproximação entre Moscou e Pyongyang tem gerado críticas no Ocidente, especialmente após relatos de envio de soldados norte-coreanos para apoiar as forças russas. Em junho, Kim reafirmou seu apoio irrestrito à Rússia. No ano anterior, os dois países assinaram um acordo estratégico que prevê colaboração militar e assistência mútua em caso de agressão externa.
China, Rússia e Índia: gesto simbólico de união
Na véspera da reunião com Kim, Putin encontrou-se com Xi Jinping e destacou que a parceria entre Rússia e China atingiu um nível “sem precedentes”. Xi reforçou que a aliança entre os dois países serve de modelo para outras potências globais.
O evento também contou com um gesto simbólico de união entre Putin, Xi e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, que trocaram apertos de mão em sinal de fortalecimento da parceria internacional.