Kim Jong-un Reforça Aliança com Rússia e China em Encontro Histórico em Pequim

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(Foto: KCNA/REUTERS)
(Foto: KCNA/REUTERS)

Em um momento simbólico e estratégico, o líder norte-coreano Kim Jong-un declarou apoio à Rússia na guerra contra a Ucrânia, classificando o gesto como um “dever fraternal”. A declaração foi feita durante uma reunião com o presidente russo Vladimir Putin, realizada em Pequim na quarta-feira (3), durante as celebrações dos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. O evento também contou com a presença do presidente chinês Xi Jinping, marcando a primeira vez que os três líderes se reuniram publicamente desde os tempos da Guerra Fria.

O encontro ocorreu em meio a um desfile militar de grande escala, onde Kim, Putin e Xi caminharam juntos pela Praça Tiananmen, trocando cumprimentos e consolidando a relação trilateral. A presença conjunta dos líderes foi vista como uma demonstração de unidade entre as potências autoritárias e um desafio direto à ordem internacional vigente.

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 Cooperação militar e pacto de defesa

Segundo a agência estatal norte-coreana KCNA, Kim e Putin discutiram temas internacionais e regionais, além de reafirmarem o compromisso de fortalecer a parceria bilateral. Putin elogiou a atuação dos soldados norte-coreanos que têm apoiado as forças russas no conflito com a Ucrânia, destacando o caráter “especial” da relação entre os dois países.

Estima-se que cerca de 2.000 soldados norte-coreanos tenham morrido em combate, e novas tropas estão previstas para serem enviadas. O apoio inclui também o fornecimento de munições e mísseis, além de um pacto de defesa mútua firmado em 2024, que prevê assistência em caso de ataque armado.

 Nova fase diplomática

A visita de Kim a Pequim representa um avanço diplomático para a Coreia do Norte, que busca consolidar sua posição ao lado de Moscou e Pequim em meio às tensões globais. A reunião também reforça o alinhamento estratégico entre os três países, especialmente diante das sanções internacionais e da crescente polarização entre o Ocidente e o bloco liderado por China e Rússia.

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O gesto de Kim é interpretado como uma tentativa de ampliar sua influência internacional e reafirmar o papel da Coreia do Norte como aliada ativa em disputas geopolíticas de grande escala.

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