A empresária e estrela de reality show Kim Kardashian compareceu nesta terça-feira (13 de maio) ao Palais de Justice, em Paris, para testemunhar no julgamento dos assaltantes acusados de roubá-la sob a mira de uma arma durante a Semana da Moda de Paris de 2016.
Na ocasião, Kardashian teve cerca de US$ 10 milhões (R$ 56 milhões) em dinheiro e joias levados pelos criminosos, incluindo um anel de noivado de US$ 4 milhões (R$ 27 milhões), presente de seu então marido, Kanye West. O anel nunca foi recuperado.
O depoimento de Kim Kardashian
Ao iniciar seu depoimento, Kardashian agradeceu às autoridades francesas pela oportunidade de contar sua versão dos fatos. Ela relembrou o momento do assalto e como implorou aos criminosos para levarem tudo, mas deixá-la viver, mencionando que tinha filhos pequenos.
A estilista Simone Harouche, amiga de infância de Kardashian e testemunha-chave no julgamento, relatou ao tribunal que ouviu a empresária gritar em terror absoluto durante o ataque. Harouche, que estava hospedada no mesmo hotel, se trancou no banheiro e enviou mensagens para a irmã de Kardashian, Kourtney, e para seu guarda-costas, Pascal Duvier.
Após o roubo, Kardashian foi encontrada chorando histericamente, com fita adesiva nos pés, e temendo que os assaltantes retornassem. Segundo Harouche, o episódio mudou a vida da empresária para sempre.
Os réus e o julgamento
O caso envolve nove homens e uma mulher, com idades entre 35 e 78 anos, acusados de roubo à mão armada, sequestro e conspiração. Oito deles negam envolvimento, enquanto dois admitiram delitos menores.
Apelidados de “Assaltantes Avós”, os suspeitos fazem parte de um grupo criminoso especializado em roubos de alto valor. Desde o início do julgamento, em 28 de abril, o tribunal tem analisado os antecedentes criminais dos réus, muitos deles reincidentes.
Se condenados, alguns dos acusados podem enfrentar até 30 anos de prisão.
O roubo de Kim Kardashian gerou grande repercussão internacional e levou a empresária a reforçar sua segurança pessoal. Após o incidente, ela reduziu a exposição de bens de luxo em suas redes sociais e passou a adotar medidas mais rigorosas para evitar novos ataques.
O julgamento, que foi adiado por anos devido a outros casos importantes na França, como os ataques terroristas de Paris em 2015, agora avança para sua fase final.
Fonte: Redação