Lavrov acusa Ucrânia de rejeitar paz duradoura e defende avanços entre Putin e Trump

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Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou nesta quinta-feira (21) que a Ucrânia não demonstra interesse em um acordo de paz sustentável com Moscou. A declaração foi publicada pelo portal RT e ocorre em meio a uma série de negociações diplomáticas envolvendo o presidente russo Vladimir Putin, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, além de líderes europeus.

Segundo Lavrov, o encontro entre Putin e Trump durante a cúpula no Alasca resultou em avanços significativos. A Casa Branca chegou a classificar os resultados como “um progresso” e afirmou que “há uma luz no fim do túnel”. No entanto, o chanceler russo criticou as recentes declarações de autoridades ucranianas, que, segundo ele, indicam uma postura contrária à busca por uma solução duradoura.

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“Eles comentam sobre uma possível resolução de maneira muito específica, que mostra que não estão interessados em um acordo justo, sustentável e de longo prazo”, disse Lavrov.

🇺🇦 Postura de Kiev e críticas de Moscou

Lavrov citou uma fala de Mikhail Podoliak, conselheiro de Zelensky, que reconheceu que algumas regiões estão “de fato” sob controle russo. Ainda assim, Podoliak afirmou que a Ucrânia buscará recuperar esses territórios futuramente, com apoio de garantias de segurança e novas sanções contra Moscou.

Para Lavrov, essa posição contradiz os esforços diplomáticos liderados por Trump e Putin:

“Em vez de trabalharem por uma solução, Kiev e seus patrocinadores querem agravar as causas ao formar alianças militares anti-Rússia.”

🇪🇺 Acusações contra aliados europeus

O ministro russo também acusou países europeus de sabotar a agenda de paz, ao ignorarem os interesses de Moscou. Ele criticou a União Europeia por apoiar garantias de segurança à Ucrânia, que, segundo ele, “professa valores neonazistas”, “viola os direitos das minorias nacionais”, “proíbe a língua russa” e “restringe a Igreja Ortodoxa canônica”.

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 Defesa da agenda Putin-Trump

Lavrov encerrou sua declaração reafirmando o compromisso com os entendimentos firmados entre Moscou e Washington:

“Espero que essa imprudência fracasse e continuemos a seguir o curso acordado pelos presidentes Putin e Trump.”

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