Lindbergh acusa extrema-direita de tentativa de burlar recesso e desestabilizar Congresso

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Lindbergh Farias (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), criticou nesta terça-feira (22) a iniciativa de parlamentares da oposição em promover reuniões durante o recesso legislativo com foco em moções de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Para o parlamentar, a manobra representa uma tentativa de transformar o Parlamento em “circo de horrores” por meio de ações de proselitismo político.

Lindbergh mencionou o ato do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que suspendeu oficialmente todas as atividades de comissões entre os dias 22 de julho e 1º de agosto. Mesmo com a decisão publicada, deputados do PL convocaram sessões deliberativas nas comissões de Segurança Pública e Relações Exteriores, contrariando as normas regimentais.

Durante a manhã, um grupo informal de parlamentares se reuniu nos corredores da Câmara, exibindo placas em homenagem a Bolsonaro e bandeiras do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O gesto gerou divergências internas, com alguns deputados pedindo a retirada dos símbolos para evitar interpretações jurídicas ou políticas indesejadas.

A presença de Bolsonaro era esperada, apesar das restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de redes sociais e recolhimento noturno. No entanto, ele não apareceu nas dependências do Congresso, sendo visto apenas na sede do PL.

Lindbergh defendeu a manutenção das regras internas e afirmou que nenhum grupo político pode se sobrepor à autoridade da Presidência da Casa, reforçando o compromisso com a institucionalidade parlamentar.

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