Lula descarta retaliação imediata contra tarifas dos EUA

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Lula (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não pretende retaliar os Estados Unidos pelas tarifas de até 50% impostas pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros como aço, alumínio, suco de laranja e químicos. Em entrevista, Lula classificou a medida como uma ruptura na relação bilateral e criticou o presidente Donald Trump por agir de forma autoritária e sem abertura para negociação.

O governo brasileiro acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o tarifaço e iniciou articulações para apoiar empresas afetadas. Lula declarou que o país buscará alternativas de exportação e oferecerá suporte para preservar empregos e estimular a abertura de novos mercados. Segundo ele, o objetivo é evitar prejuízos maiores à economia nacional.

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Lula revelou que há esforços para sensibilizar empresários dos Estados Unidos a pressionarem Trump pela reversão das tarifas. O presidente destacou que prefere manter uma postura conciliadora, evitando medidas de retaliação que possam agravar o conflito comercial. “Quando um não quer, dois não brigam”, afirmou.

O presidente garantiu que qualquer resposta será feita dentro dos limites da responsabilidade fiscal. A estratégia do governo é manter o equilíbrio econômico enquanto busca soluções diplomáticas e comerciais para enfrentar os impactos das tarifas impostas.

Ao final da entrevista, Lula acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro de influenciar negativamente a decisão de Trump. Segundo ele, ambos agiram contra os interesses do Brasil e deveriam ser responsabilizados. Lula também defendeu a atuação do Supremo Tribunal Federal nos processos contra Bolsonaro.

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