Lula promete novos programas sociais com foco em motos elétricas, reforma habitacional e gás de cozinha

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Lula participa do podcast Mano a Mano, com Mano Brown e Semayat Oliveira Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou que pretende lançar ainda em junho de 2025 três programas sociais voltados para ampliar o acesso a bens essenciais e promover mobilidade sustentável. Em entrevista ao podcast Mano a Mano, apresentado pelo rapper Mano Brown no Spotify, Lula detalhou os principais pilares das novas medidas, que envolvem reformas de moradias populares, gás de cozinha gratuito e financiamento para motos elétricas voltadas a entregadores.

Reforma de casas com crédito facilitado

O primeiro programa trata de uma linha de crédito voltada à reforma de residências populares, voltada para famílias de baixa renda. A proposta pretende facilitar o acesso a materiais de construção e mão de obra qualificada, com juros baixos ou mesmo subsídios parciais, segundo o presidente. Lula não detalhou os valores e critérios de acesso, mas ressaltou que a prioridade será melhorar a qualidade de vida nas periferias urbanas e comunidades carentes.

Motos elétricas para entregadores

Outro ponto abordado foi a criação de uma linha de crédito específica para entregadores por aplicativo, com foco na aquisição de motos elétricas. O objetivo é estimular a mobilidade verde, reduzir os custos com combustível e fortalecer essa categoria profissional, que cresceu de forma expressiva nos últimos anos.

Lula classificou o programa como um passo importante para promover justiça social e sustentabilidade: “Queremos criar alternativas econômicas para a juventude e cuidar do planeta ao mesmo tempo.”

Gás de cozinha gratuito para famílias de baixa renda

O terceiro programa envolve a inclusão do gás de cozinha na cesta básica social, com subsídio total ou parcial para famílias de renda mais baixa. Lula afirmou que mais de 17 milhões de famílias brasileiras deverão ser beneficiadas.

Segundo ele, o botijão de 13 quilos, que sai da Petrobras por cerca de R$ 37, chega ao consumidor final custando até R$ 140. O presidente criticou a margem de aumento e defendeu um modelo de distribuição que garanta gratuidade ou preço simbólico do gás para os mais vulneráveis.

“Estamos encontrando um meio de fazer com que essas pessoas mais pobres recebam esse gás de graça.” — declarou Lula durante a entrevista.

Embora os detalhes técnicos ainda não tenham sido divulgados, a expectativa é que os três programas sejam oficialmente apresentados nas próximas semanas. Lula afirmou que, com essas iniciativas em curso, pretende retomar a agenda de entregas sociais e fortalecer o vínculo com a população de baixa renda:

“Quando essas coisas estiverem funcionando, ainda este ano, sinceramente, acho que a gente vai estar com o povo no ponto de bala para não deixar ter mais retrocesso neste país.” — declarou.

Durante a entrevista, Lula também abordou temas ambientais e energéticos, defendendo a exploração de petróleo na Margem Equatorial da Amazônia, citando que a extração ocorrerá em águas internacionais e ressaltando o compromisso com a transição energética. Segundo ele, o Brasil não pode abrir mão dessa riqueza, mas garantiu que nada será feito sem rigor ambiental.

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