O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta segunda-feira (21), durante cúpula sobre democracia realizada em Santiago, a formação de uma frente conjunta entre governos, sociedade civil e instituições para combater o avanço do extremismo na América Latina e proteger o Estado Democrático de Direito.
Sem mencionar nomes, Lula afirmou que práticas intervencionistas vêm sendo reeditadas por forças radicais que desafiam a ordem constitucional em diversos países. Participaram do encontro os líderes do Chile, Colômbia, Uruguai e Espanha, que manifestaram apoio ao multilateralismo e à regulamentação de plataformas digitais para conter a desinformação.
O presidente brasileiro também reagiu às recentes sanções dos Estados Unidos, que incluem tarifas comerciais e restrições diplomáticas, classificando as ações como chantagens contra a soberania nacional. Segundo ele, a tentativa de pressionar o Supremo Tribunal Federal fere a independência entre os poderes e exige posicionamento firme da comunidade internacional.
A cúpula discutiu ainda estratégias de fortalecimento institucional e meios para garantir a liberdade de expressão sem incitação à violência. Novos encontros regionais estão previstos para os próximos meses.
