Lula reage a sanções dos EUA contra Alexandre de Moraes e defende STF

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(Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)
(Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)

Em entrevista ao jornal norte-americano The New York Times, publicada nesta quarta-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu em defesa do Supremo Tribunal Federal (STF) e expressou preocupação com as sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes.

“A Suprema Corte de um país deve ser respeitada não só no próprio país, mas pelo mundo todo”, afirmou Lula, em resposta às declarações do secretário de Estado americano Marco Rubio, que sinalizou a possibilidade de enquadramento de Moraes na Lei Magnitsky.

A ameaça se concretizou no início da tarde, quando os EUA oficializaram as sanções com base na legislação.

Durante a entrevista, o presidente brasileiro demonstrou surpresa com a medida:

“Se o que você está falando é verdade, é mais sério do que eu imaginava”, declarou ao repórter.

Tensão crescente entre Brasil e Estados Unidos

A reação ocorre em meio ao agravamento das relações diplomáticas entre os dois países. O pano de fundo envolve o “tarifaço” anunciado pelo presidente Donald Trump e as críticas de membros do Partido Republicano à atuação do STF em processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O que é a Lei Magnitsky?

Criada em 2012, durante o governo Barack Obama, a Lei Magnitsky surgiu para punir autoridades russas envolvidas na morte do advogado Sergei Magnitsky. Desde 2016, a lei passou a ter alcance global, permitindo sanções contra indivíduos acusados de corrupção ou violações graves de direitos humanos, independentemente da nacionalidade.

Entre os efeitos da aplicação da lei estão:

  • Congelamento de bens nos EUA
  • Bloqueio de acesso ao sistema bancário internacional baseado em dólar
  • Restrições em operações financeiras fora dos Estados Unidos

A medida imposta a Moraes pode ter impactos significativos, ampliando o atrito diplomático e colocando em xeque o equilíbrio entre autonomia institucional e política externa.

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