Lula reforça necessidade de modernização sindical em mensagem para o Dia do Trabalhador

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Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu não comparecer aos atos presenciais do Dia do Trabalhador, realizados nesta quarta-feira (30) em São Paulo e São Bernardo do Campo. Em vez disso, optou por gravar um vídeo direcionado às centrais sindicais e militantes, que será divulgado apenas no Dia do Trabalhador, em 1º de maio.

No vídeo, Lula enfatizou que os sindicatos precisam se adaptar às mudanças sociais e tecnológicas, especialmente no que diz respeito à comunicação nas redes sociais. Ele destacou que as pautas trabalhistas devem ser atualizadas para dialogar com a juventude, que muitas vezes não se sente representada pelos movimentos tradicionais.

Além disso, o presidente demonstrou apoio à redução da jornada de trabalho e ao fim da escala 6×1 (seis dias trabalhados para um de folga), temas que foram apresentados como reivindicações pelas centrais sindicais durante um encontro com Lula na última terça-feira (29).

A decisão de Lula de não comparecer aos atos foi vista como uma medida de precaução, considerando a possibilidade de esvaziamento das manifestações, como ocorreu em anos anteriores. Em 2024, o presidente participou de um evento em São Paulo, mas criticou publicamente o ministro da Secretaria-Geral da Presidência pela baixa adesão dos movimentos sociais.

Neste ano, os ministros Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência) e Luiz Marinho (Trabalho) foram designados para representar o governo nos eventos.

Durante o encontro com Lula, os dirigentes sindicais entregaram uma lista de reivindicações da classe trabalhadora, incluindo melhorias nas condições de trabalho, aumento salarial e maior proteção social. O encontro durou quase três horas e foi descrito como produtivo pelos participantes.

Nos bastidores, a ausência de Lula nos atos foi interpretada como uma estratégia para evitar desgastes políticos, enquanto o vídeo gravado reforça o compromisso do governo com o diálogo e a modernização sindical.

Fonte: Redação
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