O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou nesta sexta-feira (9 de maio) com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou. A reunião ocorreu no Kremlin, sede do governo russo, e abordou temas como relações comerciais, cooperação tecnológica e política internacional.
Durante o encontro, Lula criticou a política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que recentemente anunciou taxas de importação sobre produtos de mais de 180 países, incluindo Brasil, China e nações europeias.
Brasil e Rússia fortalecem parceria
Lula destacou o potencial de crescimento das relações entre Brasil e Rússia, mencionando interesses em áreas como defesa, tecnologia espacial, educação, aviação e energia.
O presidente brasileiro também ressaltou a importância de equilibrar a balança comercial entre os dois países, já que a Rússia é um dos principais fornecedores de fertilizantes para o agronegócio brasileiro.
Críticas ao tarifaço de Trump
Em seu discurso, Lula afirmou que as novas tarifas impostas pelos Estados Unidos vão contra o princípio do livre comércio e prejudicam o multilateralismo.
“As últimas decisões anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos de taxação de comércio com todos os países do mundo, de forma unilateral, jogam por terra a grande ideia do livre comércio e o respeito à soberania dos países”, declarou Lula.
Lula viajou a Moscou para participar da celebração dos 80 anos do Dia da Vitória, evento organizado por Putin para marcar a rendição da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.
A visita gerou críticas de políticos da oposição, que apontam um possível alinhamento do Brasil com a Rússia em meio à guerra com a Ucrânia. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky já criticou Lula por sua postura no conflito.
Itamaraty defende viagem
O Ministério das Relações Exteriores afirmou que a viagem de Lula faz parte da estratégia de manter diálogo com grandes potências e buscar soluções para conflitos internacionais.
Segundo o Itamaraty, o Brasil se coloca à disposição para ajudar em negociações de paz na Ucrânia e no Oriente Médio.
Fonte: Redação