Mônica afirmou que, após ser atingido, Herus foi arrastado pela escada por um policial, que impediu que ele fosse socorrido. Segundo ela, o agente gritou que seu filho era vigia do tráfico e colocou uma grade para impedir a aproximação de outras pessoas.
“Meu filho perguntou se eu queria algo para comer. Ele foi alvejado na barriga com o pagamento de Pix aberto. Botou a mão e caiu em frente à padaria”, relatou Mônica.
Ela também denunciou que, ao tentar levar Herus para o hospital, os policiais debocharam da família. O jovem morreu horas depois no Hospital Glória D’Or, próximo ao Santo Amaro.
O secretário de Polícia Militar, Marcelo de Menezes Nogueira, afirmou que a conduta dos agentes será investigada. Segundo ele, todas as testemunhas serão ouvidas e as imagens das câmeras corporais serão analisadas para esclarecer os fatos.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), exonerou o coronel Aristheu de Góes Lopes, comandante do Bope, e o coronel André Luiz de Souza Batista, do Comando de Operações Especiais (COE). Além disso, 12 policiais que participaram da operação foram afastados das ruas.
A morte de Herus gerou protestos na comunidade Santo Amaro. Durante uma manifestação, tiros interromperam o ato de moradores que pediam justiça pelo jovem.
A Polícia Militar afirmou que a operação foi uma ação emergencial para verificar a presença de criminosos fortemente armados, que supostamente se preparavam para um confronto territorial. No entanto, moradores contestam essa versão e denunciam violência policial.
A Polícia Militar e o Ministério Público devem conduzir as investigações para determinar se houve abuso de autoridade e execução extrajudicial. A família de Herus pede justiça e cobra respostas sobre a atuação dos agentes na operação.
Fonte: Redação