Mandla Mandela: “Palestinos Vivem um Apartheid Pior que o da África do Sul”

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(Foto: REUTERS/Siyabonga Sishi)
(Foto: REUTERS/Siyabonga Sishi)

Em uma declaração contundente, Mandla Mandela, neto de Nelson Mandela, afirmou que a realidade dos palestinos sob ocupação israelense é mais severa do que qualquer experiência vivida pelos negros sul-africanos durante o regime do apartheid. O apelo foi feito na noite de quarta-feira (3), durante entrevista à Reuters no Aeroporto Internacional O.R. Tambo, em Joanesburgo, antes de embarcar para a Tunísia, onde se juntará à Flotilha Global Sumud — missão humanitária que busca levar alimentos e suprimentos a Gaza, apesar do bloqueio naval imposto por Israel.

“Os palestinos estão vivendo uma forma de apartheid muito pior do que qualquer coisa que nós, negros da África do Sul, já experimentamos”, declarou Mandela, reforçando que o mundo precisa se posicionar como fez durante a luta contra o apartheid sul-africano.

A flotilha reúne ativistas de 44 países, incluindo a sueca Greta Thunberg, e conta com o apoio do Congresso Nacional Africano (ANC), partido de Mandela, que classificou a missão como um reflexo da própria luta por liberdade.

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 Israel rejeita comparações

O governo israelense contesta a analogia com o apartheid, alegando que o bloqueio a Gaza é uma medida de segurança para impedir o envio de armas ao grupo Hamas. Ainda assim, a crise humanitária na região se agrava: segundo o Programa Mundial de Alimentos, um quarto da população enfrenta níveis críticos de desnutrição.

 Pressão internacional como ferramenta de mudança

Mandela relembrou que o fim do apartheid na África do Sul só foi possível graças à pressão global e ao isolamento político do regime.

“Acreditamos que chegou a hora de fazer o mesmo pelos palestinos”, concluiu.

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