Mauro Cid pede reserva do Exército por abalo psicológico após delação

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Mauro Cid - Fonte: Agência Senado

O tenente-coronel Mauro Cid solicitou sua transferência para a reserva do Exército alegando falta de condições psicológicas para continuar na ativa. O pedido foi formalizado há cerca de um mês e ainda aguarda decisão das autoridades militares. A informação foi apresentada por sua defesa durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal que apura tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Cid é réu e delator no processo que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete ex-integrantes do governo. Segundo seus advogados, o militar enfrenta isolamento e rejeição dentro das Forças Armadas desde que revelou detalhes da trama golpista, incluindo a participação de generais da ativa e da reserva.

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Durante as alegações finais, a defesa afirmou que a colaboração premiada teve alto custo pessoal e emocional para Cid, que passou a ser tratado como traidor por colegas e superiores. O advogado também negou que o delator tenha sido pressionado por autoridades policiais ou judiciais para firmar o acordo.

A delação de Mauro Cid serviu de base para a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, que acusa os réus de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

O julgamento no STF segue com sustentações orais das demais defesas. A Corte deve decidir nas próximas sessões sobre a condenação ou absolvição dos acusados, com penas que podem ultrapassar 30 anos de prisão.

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