MC Poze do Rodo critica polícia após soltura e denuncia perseguição

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Poze comemora após ser solto — Foto: Victor Chapetta/Agnews

O cantor MC Poze do Rodo foi solto na tarde desta terça-feira (3 de junho) após passar cinco dias preso no presídio de Bangu 3, no Complexo de Gericinó, no Rio de Janeiro. Beneficiado por um habeas corpus, Poze deixou a prisão sob medidas cautelares, mas fez duras críticas à Polícia Militar e à Polícia Civil do estado.

Centenas de fãs se reuniram na porta do presídio para recepcionar o cantor, causando um grande tumulto. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) precisou instalar grades para conter a multidão, e a Polícia Militar utilizou spray de pimenta e bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes.

Após o incidente, Poze se pronunciou, afirmando que foi tratado como criminoso e que seus fãs foram atacados injustamente. “Eu sou trabalhador e artista. O tratamento foi spray de pimenta e tiro de borracha na cara. Aí eu me pergunto: eu que sou bandido?”, declarou.

O cantor também denunciou uma suposta perseguição policial, mencionando que sua casa foi alvo de mandados de busca e que seus filhos desenvolveram trauma da polícia. “Meus filhos pequenos choram quando veem a polícia. Me deixem em paz!”, afirmou.

Poze reforçou que sua carreira foi construída com trabalho e que não há irregularidades em sua trajetória. “Não é dinheiro de nada errado, não. É com a minha luta, com o meu show”, disse.

MC Poze do Rodo foi preso no último dia 29 de maio por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do RJ. Ele é investigado por apologia ao crime e por suposto envolvimento com o tráfico de drogas, incluindo lavagem de dinheiro para a facção Comando Vermelho.

Apesar da soltura, o cantor terá que cumprir medidas cautelares, como:

  • Comparecimento mensal em juízo
  • Proibição de mudar de endereço sem comunicar à Justiça
  • Proibição de contato com investigados e membros do Comando Vermelho
  • Entrega do passaporte à Justiça

A Polícia Militar justificou o uso da força na dispersão dos manifestantes, alegando que houve atos de vandalismo e que um homem foi detido. A Polícia Civil ainda não se manifestou sobre o caso.

Fonte: Redação
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