O Ministério da Educação (MEC) anunciou a ampliação do número de cursinhos populares que farão parte da Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP). O total de instituições contempladas passará de 130 para 393, com o objetivo de fortalecer a preparação de estudantes para o Enem e outros vestibulares.
Segundo o ministro Camilo Santana (PT), a decisão foi motivada pela alta demanda de estudantes que buscam acesso ao ensino superior. O programa tem como foco atender pessoas de baixa renda, egressos de escolas públicas, negros, quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência, garantindo maior inclusão educacional.
Cada turma de 40 alunos nos cursinhos selecionados receberá um investimento de R$ 163,2 mil, destinado à contratação de coordenadores e professores por sete meses, além de suporte para atividades técnicas e administrativas.
Os alunos matriculados nos cursinhos populares e que frequentarem as aulas terão direito a um auxílio de R$ 200 por mês, durante seis meses. Além disso, receberão material didático gratuito e suporte técnico para garantir a permanência no curso e evitar a evasão escolar.
A expectativa do MEC é que mais de 15 mil estudantes sejam beneficiados com a iniciativa.
De acordo com o edital do programa, terão prioridade os cursinhos populares gratuitos que não recebem apoio financeiro direto ou indireto. A medida visa garantir que instituições que dependem exclusivamente de doações e voluntariado possam continuar funcionando e ampliando seu alcance.
O MEC seguirá monitorando a implementação do programa e poderá realizar novas expansões conforme a demanda dos estudantes. A iniciativa reforça o compromisso do governo com a educação inclusiva e o acesso ao ensino superior para grupos historicamente marginalizados.