Medvedev reage a ameaças de Trump e diz que BRICS está “no caminho certo”

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Foto: TASS
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O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou nesta segunda-feira (7) que o grupo BRICS está ganhando cada vez mais relevância no cenário internacional. A declaração veio em resposta às ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou uma tarifa adicional de 10% sobre países que apoiarem as políticas do BRICS.

“O BRICS está ganhando autoridade. Trump disse que haverá uma tarifa extra de 10% para quem apoiar o BRICS. Ou seja, estamos no caminho certo!”, escreveu Medvedev em suas redes sociais.

 Trump endurece política tarifária

Na mesma segunda-feira, Trump enviou cartas comerciais a diversos países informando que a nova política tarifária entrará em vigor a partir de 1º de agosto. Ele também afirmou que sanções adicionais poderão ser aplicadas a países que se alinhem às chamadas “políticas antiamericanas” do BRICS.

“Qualquer país que se alinhar às políticas antiamericanas do BRICS será taxado com uma TARIFA ADICIONAL de 10%. Não haverá exceções a essa política”, declarou Trump em sua rede Truth Social.

 Quem pode ser afetado?

A nova rodada de tarifas poderá atingir os 11 membros atuais do BRICS:

  • África do Sul
  • Arábia Saudita
  • Brasil
  • China
  • Egito
  • Emirados Árabes Unidos
  • Etiópia
  • Irã
  • Índia
  • Indonésia
  • Rússia

Além disso, países parceiros como Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã também podem ser impactados.

 Contexto geopolítico

As ameaças de Trump ocorrem em meio à crescente articulação do BRICS por uma nova ordem econômica multipolar. O grupo tem discutido alternativas ao dólar no comércio internacional e mecanismos de pagamento em moedas locais — iniciativas que, segundo Trump, visam “destruir o dólar”.

A resposta de Medvedev reflete a confiança crescente entre os países do BRICS, mesmo diante da pressão dos Estados Unidos. Com a entrada em vigor das tarifas prevista para agosto, o embate entre Washington e o bloco emergente promete intensificar as tensões comerciais e diplomáticas nos próximos meses.

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