O mercado financeiro revisou para baixo, pela 11ª semana seguida, a projeção de inflação para o ano de 2025. Segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (11), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o ano em 5,05%, abaixo dos 5,07% estimados na semana anterior e dos 5,17% projetados há quatro semanas.
Apesar da queda nas projeções, o índice permanece acima do teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O limite superior, portanto, é de 4,5%. O IPCA acumulado em 12 meses está em 5,35%, configurando estouro da meta pelo sexto mês consecutivo.
A taxa básica de juros, a Selic, permanece em 15% ao ano, conforme decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). O mercado mantém essa projeção para o fim de 2025 pela sétima semana seguida. Para 2026 e 2027, as estimativas são de 12,50% e 10,50%, respectivamente. O Copom indicou que pode retomar a alta da Selic caso a política comercial dos Estados Unidos gere impactos negativos.
A expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi revisada para 2,21% em 2025, levemente abaixo dos 2,23% estimados anteriormente. Para 2026 e 2027, as projeções são de 1,87% e 1,93%, respectivamente. Já o dólar deve encerrar 2025 cotado a R$ 5,60, com estimativas de R$ 5,70 para os dois anos seguintes.
