O México ultrapassou os Estados Unidos e se consolidou como o segundo maior comprador de carne bovina do Brasil no primeiro semestre de 2025. Entre janeiro e junho, as exportações para o mercado mexicano cresceram 420%, passando de 3,1 mil para 16,1 mil toneladas. No mesmo intervalo, o valor movimentado saltou de US$ 15,5 milhões para US$ 89,3 milhões.
A escalada mexicana ocorre em paralelo à retração nas vendas para os EUA, após a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Desde o anúncio das sanções, 30 mil toneladas de carne permanecem retidas, afetando diretamente os exportadores. A carne bovina foi excluída da lista de isenções tarifárias americanas e se tornou inviável para o mercado daquele país, segundo associações do setor.
O Brasil exportou 241 mil toneladas de carne bovina em junho, totalizando US$ 1,3 bilhão em receitas. A China segue como principal destino, respondendo por quase metade do volume comercializado. Diante da reconfiguração do cenário internacional, empresas do ramo buscam ampliar acordos comerciais com países latino-americanos e asiáticos para compensar as perdas no mercado norte-americano.