A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro acusou publicamente a deputada federal Camila Jara (PT-MS) de ter agredido o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante um tumulto no plenário da Câmara dos Deputados. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Michelle afirmou que Jara “avançou violentamente sobre as partes íntimas” de Ferreira, episódio que teria ocorrido enquanto parlamentares bolsonaristas ocupavam a Mesa Diretora em protesto contra a prisão de Jair Bolsonaro.
A confusão se deu durante a tentativa do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de retomar sua cadeira após mais de 30 horas de obstrução. O grupo bolsonarista exigia a votação de pautas como anistia a investigados, impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal e o fim do foro privilegiado.
A assessoria de Camila Jara negou qualquer agressão, alegando que a deputada apenas afastou Nikolas durante o tumulto. Segundo nota oficial, não houve soco ou ataque, e a parlamentar estaria em tratamento contra um câncer, o que limitaria sua capacidade física. Imagens em câmera lenta do momento foram divulgadas nas redes sociais, mas não há consenso sobre o que de fato ocorreu.
Nikolas Ferreira, por sua vez, declarou em entrevista que levou “um soco nas partes baixas” e ironizou o episódio ao dizer que “ainda bem que já fiz duas filhas”. O parlamentar também comentou o caso nas redes sociais, gerando ampla repercussão.
Michelle Bolsonaro também defendeu a deputada Júlia Zanatta (PL-SC), que levou seu bebê ao plenário durante a madrugada. A presença da criança motivou uma denúncia ao Conselho Tutelar por parte do deputado Reimont (PT-RJ), o que foi criticado por Michelle, que acusou a esquerda de tentar separar mãe e filha.
O episódio intensificou a polarização política na Câmara e reacendeu debates sobre decoro parlamentar e limites da atuação política em ambientes institucionais.
