Durante operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal em 18 de julho de 2025 na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro recebeu advertências por não seguir as orientações dos agentes. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito das investigações sobre coação no curso do processo, obstrução à Justiça e ataque à soberania nacional.
De acordo com o relatório da Polícia Federal encaminhado ao STF, os agentes chegaram ao condomínio por volta das 7h15 e foram recebidos inicialmente por um segurança, que acionou Michelle. Após alguns minutos, o próprio Jair Bolsonaro atendeu os policiais e autorizou a entrada. Durante a execução do mandado, Michelle teria demonstrado resistência às instruções, sendo descrita como “recalcitrante” no documento oficial. Após sucessivas advertências, ela passou a colaborar com a equipe.
Na ocasião, os agentes apreenderam cerca de US$ 14 mil em espécie na residência localizada em Brasília. Além da casa do ex-presidente, a operação também incluiu buscas na sede nacional do Partido Liberal (PL), como parte das medidas cautelares impostas a Bolsonaro. Entre essas medidas estavam o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e nos fins de semana.
Posteriormente, em 4 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar do ex-presidente, após constatar descumprimentos das medidas anteriores. Também foi autorizada a apreensão do celular de Bolsonaro como parte das investigações em curso.