Microsoft anuncia demissão de 9 mil funcionários em nova rodada de cortes globais

2 Min de leitura
Logo Microsoft
Foto - Logo Microsoft

A Microsoft confirmou nesta quarta-feira (2) que fará a demissão de cerca de 9 mil funcionários, o equivalente a menos de 4% de sua força de trabalho global. Os cortes atingem diferentes equipes, cargos e regiões geográficas, de acordo com fontes próximas à empresa.

A medida foi anunciada no segundo dia do ano fiscal de 2026 da Microsoft — período em que tradicionalmente são promovidas reorganizações internas. Um porta-voz afirmou por e-mail que a companhia continua implementando mudanças organizacionais “necessárias para posicionar melhor a empresa em um mercado dinâmico”.

Esta é mais uma de uma série de rodadas de demissões realizadas pela empresa neste ano. Em janeiro, cortes atingiram menos de 1% do quadro de pessoal, enquanto em maio cerca de 6 mil funcionários foram dispensados. Em junho, ao menos outros 300 desligamentos foram registrados.

A atual reestruturação também envolve a redução de níveis gerenciais, numa tentativa de aumentar a agilidade operacional. O CEO da divisão de jogos da Microsoft, Phil Spencer, afirmou em comunicado interno que a área de Gaming será redimensionada, com encerramento ou redução de atividades consideradas fora do foco estratégico.

Mesmo com os cortes, a Microsoft segue apresentando resultados financeiros sólidos. No trimestre encerrado em março, a companhia reportou lucro líquido de quase US$ 26 bilhões sobre receita de US$ 70 bilhões, desempenho acima das expectativas de mercado. A previsão da empresa é de crescimento de 14% na receita do segundo trimestre fiscal, com destaque para o Azure e serviços de produtividade empresarial.

Em junho, as ações da Microsoft atingiram um recorde histórico de US$ 497,45 por papel. Apesar disso, no pregão desta quarta-feira, os papéis registravam leve queda de cerca de 0,6%.

Outras empresas do setor de tecnologia, como Autodesk, Chegg e CrowdStrike, também anunciaram demissões em 2025. Dados da ADP divulgados no mesmo dia apontaram perda de 33 mil postos de trabalho no setor privado dos Estados Unidos em junho — número abaixo da expectativa de aumento de 100 mil vagas.

Compartilhar