Milei endurece regras de migração na Argentina e impõe cobrança por serviços públicos

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Presidente da Argentina, Javier Milei, volta a ameaçar saída do Mercosul durante discurso de abertura do Parlamento argentino em 1º de março de 2025. — Foto: REUTERS/Matias Baglietto

O governo da Argentina anunciou, nesta quarta-feira (14 de maio), um novo decreto assinado pelo presidente Javier Milei que endurece as regras de migração no país. As medidas incluem a expulsão de estrangeiros condenados, a exigência de pagamento por serviços de saúde e a obrigatoriedade de seguro médico para viajantes.

O que muda com o decreto?

O texto divulgado pelo gabinete presidencial afirma que as novas regras buscam garantir que os fundos públicos sejam destinados aos contribuintes argentinos. Segundo o governo, a imigração irregular tem gerado impactos financeiros no país.

Entre as principais mudanças estão:

  • Expulsão imediata de estrangeiros condenados por qualquer crime na Argentina.
  • Deportação de imigrantes que cometerem crimes no país, independentemente da pena.
  • Cobrança por serviços de saúde para residentes transitórios, temporários e irregulares.
  • Obrigatoriedade de seguro médico para estrangeiros no momento da entrada no país.

O comunicado oficial destaca que a Argentina sempre foi um país aberto ao mundo, mas que os contribuintes não devem arcar com os custos de estrangeiros que “usam e abusam de recursos que não são seus”.

O governo também afirmou que, nos últimos 20 anos, cerca de 1,7 milhão de estrangeiros imigraram de forma irregular para o país.

A decisão gerou debates sobre os direitos dos imigrantes e o impacto das novas regras na economia argentina. Especialistas apontam que a cobrança por serviços públicos pode dificultar o acesso à saúde para estrangeiros em situação vulnerável.

Além disso, a medida pode afetar a relação da Argentina com países vizinhos, especialmente aqueles que possuem acordos de livre circulação no Mercosul.

O presidente Javier Milei já havia ameaçado a saída da Argentina do Mercosul, alegando que o bloco impõe barreiras ao livre comércio. A nova política migratória pode aumentar as tensões diplomáticas com os países membros.

A expectativa é que o decreto entre em vigor nos próximos dias, após publicação oficial no Diário da República Argentina.

Fonte: Redação

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