Militares Temem Que Sanções dos EUA Comprometam Defesa do Brasil

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indústria de defesa nacional e as Forças Armadas brasileiras veem com preocupação a possibilidade de uma escalada nas sanções dos Estados Unidos contra o Brasil • 19/01/2024 - Divulgação/Avibras

Militares brasileiros expressaram preocupação com o impacto das sanções comerciais dos Estados Unidos sobre a estrutura da defesa nacional. A apreensão cresce diante da possibilidade de embargos que afetem componentes essenciais utilizados em equipamentos fabricados no Brasil ou adquiridos no exterior.

Atualmente, projetos como o cargueiro KC-390, da Embraer, dependem de peças americanas para cerca de metade de sua composição técnica. Até mesmo os caças Gripen, comprados da Suécia, utilizam cerca de 30% de tecnologia dos EUA. O receio é que uma escalada de tensão entre os países inviabilize a manutenção dessas aeronaves e outros sistemas militares.

Programas como o PROSUB, voltado ao desenvolvimento de submarinos, e o PNM, ligado à Marinha nuclear, também enfrentariam restrições. Há temor quanto ao possível bloqueio no acesso a motores, sistemas de navegação e softwares operacionais usados em navios e helicópteros de origem americana.

Além dos equipamentos, o Brasil mantém relações próximas com as Forças Armadas dos EUA por meio do programa FMS, que permite a aquisição de tecnologia militar a custos reduzidos. A cooperação inclui intercâmbios táticos e treinamentos no exterior. Representantes do setor consideram a ruptura diplomática como um cenário inviável, mas alertam que medidas severas podem comprometer a defesa nacional.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá discutir o assunto com os comandantes das três Forças ainda nesta terça-feira (29), em Brasília.

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