O setor automobilístico do Reino Unido recebeu com entusiasmo, nesta terça-feira (17 de junho), a notícia de que o país e os Estados Unidos implementaram partes essenciais do acordo comercial para redução de tarifas. No entanto, a situação das taxas sobre o aço britânico segue sem resolução definitiva.
O pacto firmado entre os governos prevê que as tarifas sobre as montadoras britânicas serão reduzidas até o final de junho, enquanto as taxas sobre importações aeroespaciais britânicas serão completamente eliminadas.
Além disso, em troca da redução de encargos comerciais, o Reino Unido se comprometeu a abrir o mercado para produtos agrícolas, carne bovina e etanol dos Estados Unidos.
Apesar do avanço para alguns setores, as taxas de 25% sobre a indústria siderúrgica britânica permanecem em vigor. Segundo fontes do governo, as negociações estão paralisadas, pois boa parte do aço britânico é processada com materiais importados, o que complica um acordo total entre os países.
A secretária de Transportes britânica, Heidi Alexander, afirmou que o governo segue trabalhando intensamente para buscar uma solução definitiva.
“Ainda estamos em ritmo acelerado para garantir que possamos resolver a questão das tarifas para a indústria siderúrgica.” — declarou a ministra em entrevista à imprensa.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializou essa primeira trégua comercial na segunda-feira (16 de junho), durante a cúpula do G7 no Canadá. No evento, Trump declarou que o Reino Unido tem proteção tarifária porque ele gosta do país, reforçando sua disposição para estreitar os laços comerciais com o governo britânico.
Entretanto, em junho, Trump elevou as tarifas sobre importações de alumínio e aço de vários parceiros comerciais, dobrando a taxa de 25% para 50%, o que intensificou pressões diplomáticas e aumentou incertezas para setores industriais.
O presidente-executivo da Sociedade de Fabricantes e Comerciantes de Motores, Mike Hawes, celebrou a redução das tarifas sobre as montadoras, ressaltando que o acordo permitirá que muitos fabricantes retomem as entregas ainda este ano.