O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou nesta segunda-feira (25) que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste, em até cinco dias, sobre o pedido da Polícia Federal (PF) para reforçar o policiamento na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), localizada em Brasília.
O pedido da PF foi formalizado pelo diretor-geral Andrei Rodrigues, após solicitação do deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ). No documento, a corporação requer a intensificação da vigilância ostensiva e discreta no entorno do imóvel, além da manutenção e verificação constante do sistema de monitoramento eletrônico já instalado.
A justificativa apresentada pela PF menciona informações públicas e institucionais sobre um possível risco de fuga de Bolsonaro. Segundo o ofício, há suspeita de que o ex-presidente poderia tentar se refugiar na Embaixada dos Estados Unidos, situada a cerca de dez minutos de sua residência, com o objetivo de solicitar asilo político. A corporação alerta que tal ação poderia comprometer o cumprimento de medidas judiciais e a aplicação da lei penal.
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, sob uso de tornozeleira eletrônica. As visitas ao ex-presidente estão restritas a familiares e advogados, mediante autorização judicial.
O despacho de Moraes foi publicado no âmbito da ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.