Neta suspeita de desviar R$ 200 mil do avô culpa presidente Lula e nega crime

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Idoso foi vítima de estelionato, diz polícia — Foto: Cedida pela Polícia Civil - RPC

Uma mulher de 35 anos, suspeita de desviar cerca de R$ 200 mil das contas bancárias do próprio avô, de 87 anos, nega ter cometido o crime, mas afirma que pretende ressarcir o idoso. O caso ocorreu em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, e está sendo investigado pela Polícia Civil.

Defesa da suspeita e versão do idoso

O advogado da mulher, Fernando Madureira, afirma que o idoso colaborava voluntariamente e emprestava dinheiro para a neta. Segundo ele, os valores desviados são inferiores aos indicados no inquérito.

Extrato bancário mostra que mulher começou a desviar dinheiro no mesmo dia em que valor de precatório caiu na conta do idoso, segundo delegado — Foto Cedida pela Polícia Civil

“Os fatos não se deram como relatado pela autoridade policial. A suposta vítima colaborava voluntariamente para sua manutenção. Mesmo não tendo ocorrido fraude, a acusada pretende ressarcir ao avô pelos valores emprestados.”

Por outro lado, o idoso afirma que foi roubado e que confiava na neta para administrar suas finanças.

“Deixei na mão dela, acreditando que era uma pessoa boa, e ela teve coragem de me roubar. Isso é roubo.”

Investigação e acusações

Segundo o delegado Gabriel Munhoz, os valores desviados eram provenientes da aposentadoria mensal do idoso e de um precatório recebido após um processo judicial.

A investigação aponta que a neta entregava apenas parte do valor da aposentadoria ao avô, alegando que o restante estava guardado. Quando questionada sobre o décimo terceiro salário, afirmava que “o Lula tinha cortado”, justificando o sumiço do dinheiro.

Além disso, a mulher teria realizado empréstimos e aberto contas bancárias no nome do avô sem autorização. Para enganá-lo, chegou a criar uma personagem fictícia, se passando por funcionária da Caixa Econômica.

O advogado da suspeita nega as acusações, afirmando que o idoso tinha conhecimento dos valores retirados e que não houve fraude.

A mulher foi indiciada por estelionato, agravado pelo fato de o crime ter sido cometido contra um idoso e de forma continuada, ao longo de vários anos.

O Código Penal prevê pena de até 10 anos de prisão para esse tipo de crime. No entanto, após prestar depoimento, a suspeita foi liberada e responderá ao processo em liberdade.

Fonte: Redação

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